terça-feira, 16 de setembro de 2014

Mosteiro de Alcobaça

O Mosteiro de Alcobaça, também conhecido como Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, fica  situado em Alcobaça, distrito de Leiria.
Fundado pouco depois do próprio reino, o Mosteiro de Alcobaça resultou de uma doação do Rei D. Afonso Henriques à Ordem de Cister, cumprindo assim a sua promessa pela vitória contra os mouros na Batalha de Santarém.

Ordem de Cister

Estabeleceram-se em Portugal pela primeira vez em Tarouca, em 1144, antigo mosteiro beneditino.Todos os mosteiros cistercienses do séc. XII mudaram de observância; só Alcobaça foi fundado de novo. Durante o séc. XII as fundações mais importantes e numerosas são as das monjas: Lorvão, Celas e Arouca, protegidas pelas infantas Teresa, Sancha e Mafalda, todas dependentes de Alcobaça. Durante este período não houve em Portugal ordem mais poderosa, devido sobretudo à riqueza de Alcobaça que foi o centro artístico e intelectual da ordem.

domingo, 17 de novembro de 2013

valor dos portugueses


 
 
 
Vê-se da história da China, que em mais de uma ocasião chefes piratas causaram grandes perturbações no império, chegando a apropriarem-se de províncias e a pôr em perigo a dinastia.
            Ao valor dos portugueses deve o império Chines por duas vezes a salvação, contra os piratas que pretenderam domina-lo: a primeira no século XVI destruindo a esquadra do notável chefe
Cham-gui-silau: a segunda em 1805 quando o poder dos piratas tinha crescido a ponto de possuírem uma esquadra de 1.800 embarcações, entre pequenas e grandes, guarnecida com muita artilharia e alguns 70.000 homens, e que vindo a ser comandada depois pelo famoso Cam-pau-sai, tentou este coroar-se Imperador da China, expulsando a dinastia Tartara, à qual fez tão cruel guerra até 1809, e em Novembro deste ano a solicitação dos Chineses, se assinou entre eles e os portugueses um trato para aniquilar Cam-pau-sai, o que estes conseguiram em cinco meses com prodígio e valor, obrigando-os depois de duros combates a capitular com os restos da sua esquadra e 17.000 homens.

As Caravelas

A construção das caravelas eram executadas a beira do Tejo na Ribeira das Naus junto ao Palácio Real, onde trabalhavam os mestres de carpinteiros os quais não se serviam de planos, nem de desenhos técnicos.
Porém com suas experiências, sabiam exatamente as medidas mais equilibradas e como deviam proceder para que o navio funcionasse com perfeição. Eles dirigiam equipes que eram compostas de aprendizes de carpinteiros e os calafates a quem competiam a aplicação de betume entre as tábuas para suas impermeabilidade, os ferreiros e fundidores que fabricavam as peças e objetos de metais, os veleiros que fabricavam as velas, os cordeiros que fabricavam os cabos e cordas e os tamoeiros que cuidavam da fabricação das pipas para o transporte da água, dos vinhos, dos alimentos e a maior parte da carga.
O material empregado na construção da caravela eram os seguintes: para o casco eram utilizada as madeiras de pinho, carvalho, castanheiro e sobreiro, para a calafetagem do casco era empregado estopa, breu, pez, resina e alcatrão, para os mastros eram empregado as madeiras de pinho do norte da Europa, as velas eram confecionada em linho ou lona, as cordoarias eram feitas com esparto ou linho e as peças fundidas eram empregado os seguintes matérias como o ferro, aço, chumbo, estanho, cobre e latão.
A caravela possuía um casco estreito e fundo, com isto ela possuía uma grande estabilidade, por baixo do convés havia um espaço que servia para transportar os mantimentos, o castelo que era os aposentos do capitão e do escrivão se localizava na popa do navio, porém a grande novidade deste navio foi a utilização das velas triangulares em mar aberto, as quais permitiam que a caravela avançasse em zig-zag mesmo com ventos contrários, as caravelas não possuíam os mesmos tamanhos, as pequenas levavam entre vinte e cinco a trinta homens e as maiores chegavam a levar mais de cem homens a bordo, geralmente a tripulação era formada por marinheiros muitos jovens, os capitães podiam ser rapazes de vinte anos de idade eles eram o chefe máximo, que tinham a competência de organizar a vida a bordo e tomar as decisões sobre as viagens, o escrivão tinha a competência de registrar por escrito o rol da carga.

sábado, 9 de novembro de 2013


A China antiga e medieval viveu fases de rivalidade entre pequenos estados e feudos e fases de unificação( imperiais), com períodos intermediários de caos e de invasões. Em 2500 anos de história, a China só conheceu dois séculos de paz. A história de China estende-se assim, por milhares de anos, desde o mítico Imperados Amarelo, ao longo de uma dezena de dinastias.

Originalmente houveram numerosos pequenos estados que coincidiram, como as cidade gregas e as repúblicas italianas do Renascimento, com uma grande fecundidade intelectual e artística e um activo debate entre filósofos. Foi o tempo de Lao-tse, Confúcio, Mêncio(Meng-tseu) e Chuang-tsu.

A sociedade e a cultura Chinesas desenvolveram-se sobre uma estrutura feudal e patriarcal, de aristocracia e servidão, baseado no domínio dos senhores de terras, com a submissão e o desprezo da mulher.

Os Valores da sociedade chinesa encontraram a sua máxima expressão na ética de K’ong-fu-tse (Cunfúcio), cujo ideal era a harmonia social. Esse ideal inspira-se na memoria mítica dos antigos governantes retos. Segundo Confúcio, cada qual deve ocupar o seu posto e cumprir os seus deveres como pai, mãe, cônjuge, filho, governante, funcionário ou cidadão. Uma pessoa correcta dará origem a uma família harmoniosa gerará uma sociedade ordenada. O sentido do dever, do decoro, da humanidade e da sabedoria deve reger a sociedade.

Para Confúcio a virtude fundamental é a humanidade, benevolência ou bondade, e expressa-se, entre outra formas, como piedade filial e lealdade e na aplicação da regra de ouro “ Não faças a outrem o que não queres que façam”. Confúcio acreditava que o indivíduo deve ser exigente consigo mesmo e benevolente com os demais. Também insistia na autoridade dos livros clássicos e na necessidade de manter o equilíbrio social.

A civilização chinesa inventou o papel, a pólvora e a impressão de textos. A pólvora foi usada pelos chineses para jogos pirotécnicos, perigosos, porém pacíficos; já os ocidentais a utilizaram para matar gente de modo mais rápido. Por volta de 1041, Bi Xing criou caracteres móveis de terracota. No Tibete usaram-se caracteres talhados em madeira. A moderna imprensa será inventada no Ocidente por Gutenberg, em Mogúncia, Alemanha, em 1445, utilizando tipos móveis de chumbo.

domingo, 3 de novembro de 2013

Civilização Chinesa Idade Pré-histórica - Idade Antiga

De acordo com a tradição, o povo chinês originou-se no vale do Huang He ou rio Amarelo. As provas arqueológicas são escassas, embora tivessem sido encontrados, perto de Pequim, restos do Homo erectus, que datam de 460mil anos, e que receberam o nome de Sinanthropus pekinensis. Há provas fidedignas da existência de duas culturas com cerâmica, a cultura de Yangshao (3950?-1700 a.C.) e a cultura de Long-Shan (2000?-1850 a.C.). Diz a tradição que os Hia (1994-1766 a.C.) foram a primeira dinastia chinesa hereditária, embora a primeira de que se tenha evidências históricas seja a Chang. A dinastia Chang (1766-1027 a.C.) governou no centro e no norte da atual China. A capital era situada em Anyang, perto da fronteira norte. A economia era baseada na agricultura; praticavam a metalurgia e o artesanato. A sociedade era aristocrática; à frente, sobressaía o rei, que liderava uma nobreza militar. Adoravam seus antepassados e uma profusão de deuses. O último monarca Chang foi expulso por um dirigente Chou, de um estado no vale do rio Wei. Durante a dinastia Chou (1122-256 a.C.), a civilização chinesa foi-se estendendo gradualmente em direção ao norte. A grande expansão do território tornou impossível o controle direto e a responsabilidade foi delegada a senhores feudais, cada um deles encarregado de governar uma cidade murada e seu entorno. Com o tempo, esses estados dependentes foram-se tornando cada vez mais autônomos. A sociedade era organizada em torno da produção agrícola. Os reis Chou mantiveram um controle efetivo sobre seus domínios até que, em 770 a.C., alguns estados se rebelaram e junto com invasores nômades do norte expulsaram os soberanos de sua capital. Posteriormente, os Chou fundaram nova capital, em direção ao leste, em Luoyang. Do século VIII ao III a.C., ocorreram um rápido crescimento econômico e uma profunda mudança social, num contexto de instabilidade política extrema e um estado de guerra quase incessante. Os estados situados nas fronteiras exteriores da área cultural chinesa expandiram-se à custa de seus vizinhos não chineses, menos avançados. Durante os séculos VII e VI a.C., houve breves períodos de estabilidade, decorrentes da organização de alianças entre os poderosos estados periféricos, sob a hegemonia do membro mais forte. No entanto, por volta do século V a.C., o sistema de alianças era insustentável e a China dos Chou caminhou para o chamado período dos Reinos Combatentes (481-221 a.C.), caracterizado pela anarquia. A resposta intelectual à extrema instabilidade e insegurança política produziu as fórmulas filosóficas que moldaram o crescimento do Estado e da civilização chineses durante os dois milênios seguintes. O mais antigo e mais influente filósofo do período foi Kongfuci, Confúcio. As doutrinas do taoísmo, a segunda grande escola filosófica existente nesse período, são atribuídas à figura semi-histórica de Lao-Tse e aos trabalhos de Tchuang-Tse. Uma terceira escola de pensamento que floresceu nesse período e exerceu influência duradoura sobre a civilização chinesa foi o legalismo, que pregava o estabelecimento de uma ordem social baseada em leis estritas e impessoais. Para reforçar esse sistema, batia-se pelo estabelecimento de um Estado no qual o soberano tivesse autoridade incontestável. Os legalistas pregavam a socialização do capital, o estabelecimento do monopólio governamental e outras medidas econômicas para enriquecer o Estado, reforçar seu poder militar e centralizar o controle administrativo. Durante o século IV a.C., o reino de Qin, um dos estados periféricos emergentes do noroeste, dedicou-se a um programa de reformas, seguindo as doutrinas legalistas. Ao mesmo tempo, o poder dos Chou entrou em colapso em 256 a.C. O rei de Qin se auto proclamou primeiro imperador da dinastia Qin (221-206 a.C.). O nome China deriva dessa dinastia. O imperador unificou os estados feudais em um império administrativamente centralizado e culturalmente unificado. Aboliram-se as aristocracias hereditárias e seus territórios foram divididos em províncias governadas por burocratas nomeados pelo imperador. A capital de Qin transformou-se na primeira sede da China imperial. O primeiro imperador estendeu as fronteiras exteriores: no, sul até o delta do rio Vermelho; no sudoeste, dominou as atuais províncias de Yunnan, Guizhou y Sichuan; no noroeste, chegou a Lanzhou, na atual província de Gansu, e, no nordeste, a um setor do que hoje é a Coréia. A dinastia Qin concluiu a Grande Muralha chinesa. O peso crescente dos impostos, o serviço militar e os trabalhos forçados criaram profundo ressentimento contra a dinastia Qin entre as classes populares, enquanto as classes intelectuais estavam ofendidas pela política governamental de controle do pensamento. Após uma luta pelo poder que mutilou a administração central, o povo levantou-se em rebelião. Liu Bang (ver Li Yuan) autoproclamou-se imperador em 206 a.C. A dinastia Han (206 a.C.-9 d.C.), fundada por ele, seria a mais duradoura da era imperial. Os Han estabeleceram seu governo sobre a base unificada dos Qin, modificando a política que havia provocado sua derrocada. Uma das contribuições mais importantes desta dinastia foi o estabelecimento do confucionismo como ideologia oficial; no entanto, os Han incorporaram ao confucionismo idéias de muitas outras escolas filosóficas, além de superstições. Os primitivos Han alcançaram o auge de seu poder sob o imperador Wu (reinou de 140 a.C. a 87 a.C). A autoridade chinesa estabeleceu-se ao sul da Manchúria e ao norte da Coréia; no oeste, penetraram no atual território do Cazaquistão; no sul, a ilha de Hainan passou ao controle Han e colônias foram fundadas ao redor do delta do Chihchiang, em Anam e na Coréia. As políticas expansionistas consumiram os excedentes econômicos e os impostos foram aumentados, reaparecendo os monopólios estatais. As dissensões e a incompetência debilitaram o governo imperial. As sublevações no campo refletiram o descontentamento popular. Durante este período de desordens, Wang Mang estabeleceu-se no poder, fundando a efêmera dinastia Qin (9-23 d.C.). Nacionalizaram toda a terra e a redistribuíram entre os agricultores, aboliu-se a escravatura e reforçaram-se os monopólios imperais sobre o sal, o ferro e a moeda. A resistência das poderosas classes proprietárias de terra foi tão dura que fez revogar a legislação sobre a terra. A crise agrária intensificou-se e a situação se deteriorou. No norte, eclodiu uma rebelião camponesa e as grandes famílias proprietárias de terra uniram-se a eles, reinstaurando a dinastia Han. A debilidade administrativa e a ineficácia dominaram a última dinastia Han ou oriental (25-220). Entre 168 e 170, surgiu o conflito entre os eunucos e os burocratas e aconteceram duas grandes rebeliões, lideradas por grupos taoístas, em 184 e 215. A dinastia Han começou a se dividir quando as grandes famílias latifundiárias criaram seus próprios exércitos privados. Em 220, Cao Pei fundou a dinastia e reino Wei (220-265), nas províncias do norte. A dinastia Shu Han (221-263) firmou-se no sudoeste e a dinastia Wu (222-280) no sudeste. Os três reinos sustentaram incessantes guerras entre si. Em 265, Sima Yang usurpou o trono e estabeleceu a dinastia dos Ts'ins (265-317) no norte. Em torno de 280, havia reunificado o norte e o sul sob seu mandato. No entanto, pouco depois da morte de Sima, em 290, o Império começou a ruir. As tribos não chinesas do norte aproveitaram a debilidade do governo para estender-se pelo norte. As invasões começaram em 304 e, até mais ou menos 317, os hiung-nus (provavelmente os mesmos hunoshaviam arrebatado à dinastia dos Ts'ins o norte da China. Durante quase três séculos este território foi governado por várias dinastias não chinesas, enquanto no sul o mesmo era feito por uma sucessão de quatro dinastias chinesas. Nenhuma das dinastias invasoras foi capaz de estender seu controle sobre a totalidade da planície do norte até 420, quando o feito coube à dinastia Bei Wei (ou Bei do Norte, 386-534). A China foi reunificada sob a dinastia Suei (581-618), que restabeleceu o sistema administrativo centralizado. Embora o confucionismo tivesse sido instaurado oficialmente, também o taoísmo e o budismo foram admitidos na nova ideologia imperial, ao mesmo tempo em que floresceu o budismo. A dinastia Suei caiu em 617, diante de uma revolta liderada por Li Yuan.

A Influência Ocidental na China

A Influência Ocidental na China A civilização chinesa possui características bem distintas da ocidental, principalmente na escrita, filosofia, cultos e artes. Somente a partir do século 13, com a rota da seda integrada pelas conquistas mongóis, os europeus entraram em contato com ela com alguma frequência. No século 16, os portugueses fundaram Macau (devolvida à China em 1999). Em seguida chegaram os espanhóis, britânicos e franceses. Algumas missões católicas tentaram converter os chineses, sem muito sucesso, mas ensinaram muito da cultura ocidental. No século 19 já existia uma grande demanda na Europa por produtos chineses como chá, seda e porcelana. Os britânicos vencem os chineses na Guerra do Ópio (1840-1842) e ganharam a posse de Hong Kong (devolvido à China em 1997).